terça-feira, 29 de abril de 2008

Enterro de ex-muçulmano transforma-se em ato de fé

Saiba mais sobre a Igreja Perseguida em Bangladesh
BANGLADESH (48º) - Membros de uma seita de Bangladesh tentaram intimidar parentes e amigos de Aminur Rahman, um ex- muçulmano de 60 anos que morreu de causas naturais, a ser enterrado de acordo com as tradições islâmicas. Aminur Rahman se converteu ao cristianismo e há três anos vinha implantando igrejas ligadas à Igreja Presbiteriana de Bangladesh (PCB). Ele já estava sofrendo de um coração fraco e pressão alta. Era conhecido por sua dedicação e entusiasmo no ministério apesar da condição fraca de saúde. Um grupo formado por cinco membros da Igreja Presbiteriana de Bangladesh tentou visitar a família dele na manhã de 3 de março. No entanto, no caminho para a aldeia de Madargonj, no distrito de Melandaha, recebeu ameaças por telefone de alguns membros da seita. "Eles disseram que nós todos morreríamos antes do corpo de Aminur ser enterrado", de acordo com o relato de uma das pessoas feito a um integrante da Portas Abertas. A família dele foi ameaçada de expulsão da aldeia e recebeu ameaças de que a casa seria queimada a menos que o enterro de Aminur fosse realizado de acordo com as tradições islâmicas.



Multidão exige enterro islâmico

Uma multidão com cerca de 10 mil pessoas já havia se juntado antes que o grupo da igreja chegasse à casa de Aminur. O líder do grupo e um pastor de outro distrito se juntaram em oração. Cerca de 60 motocicletas foram estacionadas ao lado da casa de Aminur. De dentro do lar da família cristã ouviam-se gritos e mais gritos. Apesar da oposição dos membros da seita para que Liton, o filho de Aminur, enterrasse o pai como um muçulmano, o rapaz insistia que o pai seria enterrado como cristão. Uma sepultura foi cavada em um canto do lote. Os cristãos começaram a orar e cantar. Vendo a situação, os muçulmanos locais foram simplesmente ficando quietos. Uma parte partiu, outra acompanhou a cerimônia em silêncio e nesse momento os que ficaram tiveram a oportunidade de aprender sobre o ministério cristão de Aminur.



Intervenção divina.

Milagrosamente, considerando que o grupo da igreja havia recebido ameaças antes da visita, nada negativo aconteceu. Muito pelo contrário. A equipe orou e pregou a palavra de Deus durante todo o ritual do enterro. "Estou encantado com o modo como Deus me usou para orar e falar do evangelho na frente de uma multidão enorme e inicialmente raivosa. Não tive nenhum medo por causa de Deus e das orações dos irmãos. Minha esposa estava ao lado de mim e me fortaleceu", contou o líder do grupo, emocionado. "Antes de deixar minha casa, orei para que Deus nos protegesse e para que nada acontecesse a qualquer um de nós. E Ele respondeu a nossa oração. Eu vi como Deus proveu meu marido com as palavras sábias no momento certo", contou a esposa do líder do grupo. A morte de Aminur incentivou mais cristãos em Madargonj. "Os crentes ficaram mais visíveis. Eles apoiaram a família fortemente (que decidiu pelo enterro cristão a despeito das conseqüências). Uma pessoa presente disse que quando morrer, também deseja ser enterrado como um cristão", contou o líder. Aminur não tinha medo de expor sua fé. Em 2007, batizou 30 ex-muçulmanos. Ele morreu às 10h30 do dia 2 de março, deixando a esposa dois filhos e uma filha. A Igreja Presbiteriana de Bangladesh pede nossas orações pelo fortalecimento da igreja em Madargonj agora que o pastor deles, Aminur Rahman, foi para junto do Senhor. Tradução: Tsuli Narimatsu
Missão Portas Abertas

O número ao lado do país indica a sua posição na classificação de países por perseguição
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fonte: http://www.portasabertas.org.br/

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Frutos do Espírito


Estou compartilhando com você o e-mail que recebi da missão portas abertas.

"Se somos atribulados, é para a consolação e salvação de vocês; se somos consolados, é para consolação de vocês, a qual lhes dá paciência para suportarem os mesmos sofrimentos que nós estamos padecendo."2 Coríntios 1.6

A busca pelos frutos do Espírito, como mansidão, longanimidade, domínio próprio, é um desafio que se apresenta a cada situação cotidiana. Imagine o que isso representa para os cristãos perseguidos, que são a minoria em seu país, ameaçados e ofendidos.
Na Colômbia, nossos irmãos padecem nas mãos dos guerrilheiros que seqüestraram, há seis anos, Ingrid Betancourt, ex-candidata à Presidência da França. Os grupos rebeldes têm fechado igrejas, assassinado pastores e expulsado cristãos das aldeias onde vivem (leia mais). Um verdadeiro desafio à mansidão.
Em Bangladesh, cristãos da vila de Sultanpur enfrentam forte oposição para a compra de um terreno onde será instalada uma igreja (leia mais). O dono do imóvel e sua família foram agredidos e ameaçados. Precisam de recuperação física e fortalecimento espiritual.
Na Rússia, as autoridades fecharam uma igreja metodista, sob a justificativa de que ela mantém uma escola dominical, mas sem licença do Ministério da Educação para ensinar (leia mais) - algo nunca exigido de nenhuma igreja antes. Um desafio à paciência.
Genes, resistir à opressão que se apresenta de múltiplas formas, e dar um bom testemunho onde vivemos e com quem nos relacionamos, são grandes desafios que exigem quebrantamento e transformação à luz da Palavra de Deus.

Tenha uma semana de superações,
Tsuli Narimatsu Jornalista

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Yerushalaim, Yerushalaim!


Por mais de um século, o povo judeu vinha sofrendo a humilhação de estar sob a dominação romana. Ao entrar triunfante em Jerusalém, em 63 a.C., o general Pompeu teve o atrevimento de penetrar no Templo, iniciando um período de profanação que acentuou ainda mais a perda de independência da nação judaica. Entretanto, enquanto o Templo permanecesse de pé e houvesse um rei judeu no trono (Agripa), haveria a esperança de uma independência futura.
Por isso, à medida que o século se aproximava do fim, a crescente expectativa messiânica combinava-se com as aspirações nacionalistas judaicas e os conflitos provocados pela ambição política de grupos rivais. Do ponto de vista de Roma, o judaísmo era uma autonomia insuportável, só tolerada para manter o nacionalismo judaico sob controle. Entretanto, se os ideais religiosos desencadeassem os sentimentos nacionalistas, Roma estaria pronta para intervir.
Em 44 d.C., a morte do rei Agripa colocou todo o país sob a administração direta de Roma, acabando com a ilusão da independência judaica. A crescente opressão romana, o alinhamento das autoridades romanas ao lado dos gentios que habitavam a terra, e as repetidas violações da santidade do Templo criaram uma atmosfera propícia à revolta. Em abril do ano 66 de nossa era, quando o governador romano confiscou dezessete talentos do tesouro do Templo, os nacionalistas judeus se rebelaram. Eles se apoderaram do Templo, interromperam os sacrifícios diários em honra ao imperador romano e capturaram a fortaleza de Massada.
A Revolta
A Grande Guerra, ou Primeira Revolta Judaica, foi um evento ímpar naquela região, porque os judeus foram o único povo no antigo Oriente Próximo a lançar uma ofensiva em larga escala contra o Império Romano. Ímpar também foi o fato de que nenhum outro conflito da Antigüidade foi relatado com tantos detalhes por uma testemunha ocular. Essa testemunha foi um historiador judeu do primeiro século chamado Yosef ben Mattityahu, mais conhecido como Flávio Josefo. Josefo era um ex-fariseu e comandante das forças nacionalistas judaicas na Galiléia. O historiador romano Dio Cássio também forneceu outro importante relato, baseado em documentos militares oficiais.
Em resposta à insurreição judaica, concentrada principalmente em Jerusalém, Vespasiano, principal comandante romano, foi enviado para sufocar o levante com cerca de cinqüenta mil soldados. O ataque de Vespasiano começou no norte de Israel que, ao contrário de Jerusalém, ofereceu pouca resistência. Por exemplo, as famílias judias que ocupavam a fortaleza galiléia de Jotapata, defendida por Josefo, preferiram cometer suicídio a se renderem ao inimigo. Quanto a Josefo, ele passou para o lado dos romanos.
Uma exceção foi a cidade de Gamla, nas Colinas de Golã, que, no outono do ano 67 d.C., tentou conter o avanço romano em direção a Jerusalém. Os romanos, porém, dizimaram a cidade, massacrando quatro mil judeus. Para que suas famílias não fossem vítimas da brutalidade de Roma, cerca de cinco mil judeus tiraram a própria vida, saltando para a morte do alto dos abismos que cercavam aquela área. A atitude heróica daquela cidade lhe rendeu o título de "Massada do Norte".
O Cerco de Jerusalém
O Parque Arqueológico Ofel, adjacente ao monte do Templo, em Jerusalém. Pedras do antigo Templo cobrem a rua herodiana, no extremo sul da Muralha Ocidental, da Porta dos Mouros até o lado sudoeste do monte do Templo.
No verão do ano 70 de nossa era, a Décima Legião de Vespasiano chegou às portas de Jerusalém e sitiou a cidade. Por causa da afluência de refugiados vindos de outras cidades judaicas destruídas pelos romanos, além dos próprios habitantes da Judéia que fugiam das legiões, a população de Jerusalém tinha, no mínimo, triplicado. A reputação de Jerusalém como cidade grande e inexpugnável (ela era uma das maiores cidades do mundo antigo) fazia dela um desafio significativo para os já enfraquecidos soldados romanos. Entretanto, como centro da autoridade política e espiritual da revolta judaica, a cidade estava também destinada a ilustrar de forma exemplar o castigo aplicado por Roma a seus inimigos.
Na época do cerco romano, duas das mais combativas facções nacionalistas judaicas, os zelotes e os sicários, tinham assumido o controle do monte do Templo com a ajuda de mercenários idumeus (descendentes dos edomitas). Os idumeus tinham assassinado impiedosamente os saduceus e fariseus que constituíam as alas mais moderadas da sociedade e ocupavam as posições de governo. Desde o início, o objetivo dos combatentes era aniquilar as forças de ocupação romanas e expulsar os invasores da terra de Israel. Agora que a guerra havia chegado à Cidade Santa, era vencer ou morrer.
Para evitar que a população judaica da cidade fugisse ao invés de lutar até a morte, os zelotes destruíram os depósitos de alimentos e proclamaram a inviolabilidade divina de Jerusalém. Como a única maneira de sair da cidade era num caixão, um dos líderes da seita dos fariseus, o rabino Yochanan ben Zakkai, escapou escondendo-se num deles e rendendo-se a Vespasiano.
Ao ser levado à presença do general, o prisioneiro dirigiu-se a ele como imperador e disse que Deus só permitiria que Sua Cidade Santa fosse conquistada por um grande soberano. Segundo a tradição, naquele mesmo instante chegou um mensageiro vindo de Roma para comunicar que o imperador havia morrido e que Vespasiano tinha sido escolhido como seu sucessor.
Impressionado com a profecia do rabino, o novo imperador permitiu-lhe proteger os rolos da Torá e os eruditos que se dedicavam ao seu estudo na cidade de Yavneh. Assim, embora o Templo tenha sido destruído, a Torá foi preservada; e, embora Jerusalém tenha sido arrasada, o judaísmo foi poupado.
O Golpe Final
Vespasiano retornou a Roma para assumir seus deveres como imperador e entregou a seu filho Tito, comandante da Décima Legião, a tarefa de completar a tomada de Jerusalém. Apesar da fome que tomava conta da cidade, os judeus celebraram a última Páscoa em seu Templo e se prepararam para a ofensiva romana.
O ataque começou dias depois, com um bombardeio de catapultas que durou dois meses, até que, finalmente, os romanos romperam o muro. Indo de casa em casa, os conquistadores incendiaram a cidade, massacrando todos os judeus que encontravam pela frente. Um testemunho arqueológico da ferocidade dos combates é a "Casa Queimada", localizada dentro do atual Bairro Judeu [da Cidade Antiga]. Ali estão as ruínas de uma das casas destruídas pelos romanos em 70 d.C., com os restos de uma mulher que foi morta com uma lança na mão e tombou na soleira da porta.
Escultura de Vespasiano.
Embora enfraquecidos pela fome, os judeus defenderam o monte do Templo contra a invasão dos romanos por três semanas. Então, no nono dia do mês de Av (agosto), os romanos atingiram o complexo do Segundo Templo. Como um sinal dos céus, o primeiro Templo havia sido destruído pelos babilônios nesse mesmo dia, 656 anos antes.
Dio Cássio descreveu a resistência final dos judeus reunidos em torno do recinto sagrado:
O povo estava posicionado embaixo, no pátio, os anciãos nos degraus, e os sacerdotes no Santuário propriamente dito. E, embora eles fossem apenas um punhado de pessoas lutando contra um exército muito superior, só foi possível derrotá-los depois que uma parte do Templo foi incendiada. Diante disso, eles buscaram a morte. Alguns se lançavam contra as espadas dos romanos, outros matavam seus companheiros, outros tiravam a própria vida e outros se jogavam no meio das chamas. Parecia a todos, e principalmente a eles mesmos, que, longe de ser uma derrota, o fato de perecerem junto com o Templo representava vitória, salvação e felicidade.
Detalhe do Arco de Tito, em Roma, mostrando os tesouros retirados do Templo.
Depois disso, os romanos saquearam o Templo e retiraram dele todos os objetos de valor. Mais tarde, esses tesouros foram exibidos em Roma, durante a parada da vitória, carregados por milhares de escravos judeus. A imagem desse dia permanece até hoje no Fórum Romano, gravada num dos altos-relevos do monumento conhecido como o Arco do Triunfo de Tito.
Uma vez começado o incêndio do Templo, os romanos cortaram as árvores daquela área para fazer uma grande fogueira em torno da estrutura. A umidade acumulada nos blocos de pedra calcária do Templo se expandiu com a alta temperatura e explodiu as paredes, e todo o edifício sagrado ruiu num só dia.
A Questão do "Por Quê?"
Josefo comentou que a demolição do Templo contrariou as ordens específicas de Tito, que queria preservá-lo. Realmente, a política romana era controlar os templos dos povos conquistados e depois permitir que eles fossem novamente utilizados para o culto de seus deuses, como um ato de clemência em troca da completa submissão. Alguns eruditos acreditam que os soldados romanos, meio enlouquecidos pela duração da resistência judaica e pelo desejo de se apoderarem dos tesouros do Templo, incendiaram tudo deliberadamente.
Algumas fontes judaicas afirmam que o fogo começou acidentalmente quando a tocha de um soldado atingiu as cortinas do santuário. Entretanto, quando minha turma na Universidade Hebraica de Jerusalém debateu essas opções, nenhuma delas nos pareceu satisfatória. Então procuramos nosso professor, Isaías Gafni, um judeu ortodoxo, e perguntamos qual era a sua opinião. Depois de uma pausa e de um sorriso, ele nos disse: "Talvez Jesus tivesse razão!" Quer sua resposta tenha sido apenas uma tática de retórica rabínica ou um lampejo inconsciente de inspiração, o fato é que ela acabou com a discussão.
Para os rabinos, o motivo da destruição do Templo foi sinat chinam, "ódio sem sentido" entre os judeus. Segundo essa teoria, a violenta rivalidade entre as seitas judaicas explodiu numa espécie de guerra civil, dividindo o povo judeu, enfurecendo a Deus e expondo a nação ao juízo divino e à fúria dos romanos.
Contudo, se levarmos em conta a suposição do professor Gafni, Jesus esclareceu qual foi a principal causa da destruição de Jerusalém:
"Pois sobre ti virão dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras e, por todos os lados, te apertarão o cerco; e te arrasarão e aos teus filhos dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação" (Lc 19.43-44; cf. Mt 23.37-38; At 3.13-15).
Parte da "Casa Queimada" descoberta em escavações no Bairro Judeu em 1970. A casa foi completamente queimada na conflagração que arrasou a Cidade Alta de Jerusalém deixando-a em cinzas no dia 30 de agosto do ano 70 d.C.
Embora outros fatores internos estivessem em ação, a rejeição de Jesus como o Messias prometido, por parte da nação judaica, foi o ato culminante que desencadeou o julgamento divino. Apesar desse juízo ter acabado com a instituição do Templo e forçado a reformulação do judaísmo, ele não pôs fim ao povo judeu nem às promessas pactuais e incondicionais de restauração nacional e bênçãos futuras através do Messias. Jesus incluiu essa esperança até mesmo em Seu discurso profético contra Jerusalém e o Templo: "Eis que a vossa casa vos ficará deserta. Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!" (Mt 23.38-39).
O apóstolo Paulo, baseando-se nas profecias de Isaías, ensinou que esse dia de arrependimento nacional dos judeus acontecerá na volta de Jesus a Jerusalém: "E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados" (Rm 11.26-27).
"E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados" (Rm 11.26-27). Na foto: judeus junto ao Muro das Lamentações.
A chamada ao arrependimento em relação a Jesus, reconhecendo-O como o Messias prometido, foi feita por muitos judeus piedosos antes da destruição do Templo e continua a ser feita atualmente. O apóstolo Pedro, que fez sua exortação ainda nos dias do Segundo Templo, nos recorda que a esperança da restauração de Israel está em seu arrependimento: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas" (At 3.19-21).
Sempre que um judeu responde a esse chamado, ele encontra sua libertação. Quando a nação judaica atender finalmente a essa exortação, o desastre da Grande Guerra será transformado na vitória da Grande Redenção. (Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br/)
Randall Price, presidente do World of the Bible Ministries, Inc., é arqueólogo e autor de vários livros sobre Jerusalém e o Templo Judaico.

Onde a Bíblia ensina que Jesus voltará ao Monte das Oliveiras?

No primeiro capítulo de Atos lemos sobre a ascensão de Jesus do Monte das Oliveiras, depois da ressurreição e de ter passado 40 dias com os discípulos. Enquanto os discípulos observavam a ascensão, dois anjos lhes apareceram dizendo que Jesus voltaria para o mesmo lugar: "e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir" (Atos 1.11).
O retorno de Cristo, ou a Segunda Vinda (não o Arrebatamento), foi profetizado por Zacarias quase 600 anos antes da Sua primeira vinda, ou seja há 2600 anos atrás, em Zacarias 14.4: "Naquele dia, estarão os seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade para o sul." Pelo fato de Cristo ter feito no Monte das Oliveiras o Seu grande discurso profético sobre Sua Segunda Vinda, conclui-se que Sua volta será no mesmo local (Mateus 24-25).
Sessenta anos depois da ascensão, o apóstolo João também escreveu sobre a Segunda Vinda de Cristo à terra em Apocalipse 19.11-16, apesar de não mencionar especificamente o Monte das Oliveiras. A Segunda Vinda não deve ser confundida com o Arrebatamento, que acontece sete anos antes e é registrado em 1 Tessalonicenses 4.14-17. Essas duas vindas são eventos bem separados e distintos.[1]
A Segunda Vinda é diferente do Arrebatamento?
É depois do Arrebatamento que a Tribulação de sete anos começa. Portanto, a Segunda Vinda de Cristo acontece no fim da Tribulação. Há muitas passagens que diferenciam os dois eventos e os numerosos contrastes. No Arrebatamento, Jesus não volta a Jerusalém nem à Terra, mas encontra a Igreja nos ares. Na Segunda Vinda, Cristo volta com os santos à Terra e a Jerusalém, como previsto em Zacarias 14.4-5 e Mateus 24.27-31.[2]
Por que Cristo volta a Jerusalém e não a uma outra cidade?
Cristo voltará a Jerusalém para julgar o mundo e estabelecer Seu reino milenar. Ele também reinará no trono de Davi para cumprir as profecias do Antigo Testamento que prometiam um Rei Messias da linhagem de Davi a Israel. Embora seja um reino universal, ele será centrado em Jerusalém por causa do trono de Davi e da restauração de Israel. O Dr. Walvoord escreve:
Seu reinado sobre a casa de Israel será a partir de Jerusalém (Isaías 2.1-4), e do mesmo local reinará como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores sobre toda a terra (Salmos 72.8-11, 17-19)... O Milênio será a hora da restauração final de Israel. No começo do reino milenar Israel terá seu ajuntamento final e permanente (Ezequiel 39.25-29; Amós 9.15). O reinado de Cristo sobre Israel será glorioso e um cumprimento completo e literal de tudo que Deus prometeu a Davi (Jeremias 23.5-8).[3]
Nenhuma outra cidade permitiria o cumprimento da profecia ou admitiria o domínio e a restauração de Israel. A importância bíblica, profética e mundial de Jerusalém continuará e aumentará com a Segunda Vinda de Cristo. (Thomas Ice & Timothy Demy - http://www.chamada.com.br)